quarta-feira, 23 de junho de 2010



GIROUX, Henry (1992). TEORIA CRÍTICA Y RACIONALIDAD EN LA EDUCACIÓN CIUDADANA: In TEORIA Y RESISTENCIA EN EDUCACIÓN. México: Siglo veintiuno editores. pp. 213-257
“Devia ser lido por quem se interessa pela educação, pela teoria social e pela prática crítica”.
Paulo Freire
Henry Giroux mudou-se para o Canadá em 2004 e detém actualmente a cátedra da Rede Global de Televisão dos Estudos de Comunicação na Universidade de MacMaster. Embora os pais fossem originários do Canadá, Giroux nasceu e viveu sempre nos Estados Unidos. Começou a sua carreira na educação como professor de história no ensino secundário e prosseguiu um percurso académico brilhante pelo qual é reconhecido internacionalmente. Giroux é membro de vários conselhos editoriais de revistas nacionais e internacionais importantes nas áreas da Educação e dos Estudos Culturais e muitas das suas obras foram premiadas pela Associação Americana de Estudos da Educação por serem consideradas as obras mais significativas nos anos da sua publicação. A extensa lista das suas publicações inclui vários livros, capítulos de livros, artigos em revistas destacadas focando diferentes aspectos ligados à Educação e aos Estudos Culturais (ver www.henryagiroux.com).

Henry Giroux posicionou-se como figura destacada na teoria da educação radical no final dos anos oitenta. Não só retomou as propostas para uma educação cívica dos principais teóricos da educação do século XX, nomeadamente Dewey, Freire e outros como os reconstrucionistas Counts, Rugg e Brameld, mas também expandiu as teorias desses autores avançando com a ideia de uma “pedagogia de fronteira”. A sua proposta pode ser entendida como a aplicação de uma perspectiva cosmopolita pós-colonial à noção norte-americana de educação cívica democrática. Giroux elabora uma visão para a educação que corresponde aos desafios que se apresentam, no início deste século XXI, às sociedades ocidentais e que decorrem das profundas mudanças demográficas e políticas pelas quais elas estão a passar na actualidade.

Para uma educação cidadã, é preciso estimular os estudantes para “desafiar as forças sociais, políticas e económicas que pesam nas suas vidas”. Daí a necessidade da coragem cívica, isto é, a urgência de levar os estudantes a actuar como se vivessem numa sociedade democrática, definida como uma sociedade que responde a todos e não só a alguns privilegiados.

H. Giroux acentua o acto educativo como acto político, referindo que o caminho para o autoritarismo começa quando as sociedades deixam de se interrogar. Daí o papel da escola como lugar de questionamento e de resistência.

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