terça-feira, 22 de junho de 2010

Metodologia de Investigação em Educação

OBSERVAÇÃO

Um dos passos da investigação é a observação, é nesta etapa do processo que o investigador contacta com o real, com o momento em que a acção, objecto de estudo, acontece. O que lhe proporciona a análise de contextos socioeducativos, e outros, “in loco”, fazendo do diagnóstico e análise dos mesmos o mais congruente possível com as reais necessidades.
É, portanto, esta etapa a que seguidamente iremos caracterizar nos seus vários componentes e variantes.

OBSERVAÇÃO INDIRECTA (quando o fenómeno não está a ocorrer (observar vestígios materiais)
OBSERVAÇÃO DIRECTA (na ocorrência do fenómeno)
PARTICIPANTE (fazemos parte do fenómeno, desenvolveu-se no campo da etnologia)
NÃO PARTICIPANTE (posso estar lá, ex. tirar fotografias, apontamentos...não estou a ter parte activa no fenómeno. Elemento exterior a recolher informação.

Observar o quê?
Observar os dados que se mostram necessários para testar, para verificar as hipóteses formuladas a partir da pergunta de partida, os indicadores variáveis, os dados mais pertinentes para o problema em estudo.
Observar em quem?
Depois de identificar de delinear o campo de análise, no espaço e no tempo, circunscrevendo assim o raio de acção, o investigador determina se vai estudar um conjunto da população ou somente uma amostra representativa de, por exemplo, uma determinada população, tendo sempre em conta os prazos, os recursos e os métodos de recolha de dados que pretende utilizar.
Observar como?
Esta questão incide sobre os instrumentos a utilizar na recolha dos dados propriamente dita. Neste sentido a observação é composta de três operações:

1. Conceber e utilizar os instrumentos e capazes de fornecer as informações necessárias e adequadas a testar as hipóteses: questionários de inquérito; entrevistas ou grelhas de observação directa;

2. Testar esses instrumentos antes de os utilizar, no sentido de verificar a sua adequação ao pretendido na investigação;

3. Utilizá-lo sistematicamente e recolher os dados mais pertinentes.

“É portanto necessário antecipar, isto é, preocupar-se, desde a concepção dos instrumentos de observação, com o tipo de informação que fornecerá e com o tipo de análise que deverá e poderá ser previsto.”
(Quivy e Campenhoudt, 1995)

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