segunda-feira, 27 de julho de 2009

Esteiros


Nos 100 anos de aniversário de Soeiro Pereira Gomes a minha humilde homenagem ao homem que com os seus escritos me ajudou na adolescência a ver o Mundo com lentes de alta graduação.

Frase a reter: Para os filhos dos homens que nunca foram meninos, escrevi este livro.

Esteiros. Minúsculos canais, como dedos
de mão espalmada, abertos na margem do
Tejo. Dedos das mãos avaras dos telhais,
que roubam nateiro às águas e vigores à
malta. Mãos de lama, que só o rio afaga.

Gineto, Gaitinhas, Malesso, Maquineta, tantos outros, são os operários-meninos dos telhais à beira dos esteiros do Tejo. Sujeitos à dureza do trabalho quando o conseguem arranjar, vadiando ou roubando para comer durante o resto do tempo, apesar de tudo - sonham.
Esteiros é um dos textos inaugurais do neo-realismo e um romance marcante da literatura portuguesa do século XX.

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